Liuba Wolf – Auroras

Temos o prazer de apresentar uma exposição da artista Liuba Wolf (1923, Sofia, Bulgária — 2005, São Paulo, Brasil) comemorando o centenário de seu nascimento. A escultora desenvolveu sua obra no Brasil criando um repertório formal muito particular, um bestiário que seguia uma lógica construtiva e um interesse propriamente escultórico na articulação entre cheios e vazios, linha e movimento.

No auroras, a artista apresenta um conjunto de esculturas no jardim. Dessa maneira, essas criaturas “retornam”, enfim, àquele que parece ser o seu habitat natural. Suas obras em áreas externas também apontam para um interessa da artista pela aproximação entre suas esculturas e a arquitetura, como foi possível verificar em sua exposição no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, em 1965, onde as obras instaladas no jardim dialogavam com o prédio icônico.

No interior da casa do auroras, LIUBA ainda apresenta esculturas na sala do andar de cima ao lado da série de desenhos “Structural Studies” da artista estadunidense Amy Sillman. As relações que se estabelecem são de duas obras formadas por um rigor na experimentação de suas linguagens, entre o gesto, a textura e a geometria.

Liuba Wolf (1923, Sofia, Bulgária; 2005, São Paulo, Brasil) estudou na Europa com Germaine Richier – primeiro na Suíça, depois em Paris – antes de estabelecer seu ateliê em São Paulo, em 1949, mas foi só a partir de 1958 que decidiu viver entre São Paulo e Paris. Participou ativamente do circuito de arte brasileiro, sendo premiada na VII Bienal de São Paulo, em 1963 e integrando também as VIII, IX e XIII edições. Entre as décadas de 1970 e 1980 fez parte de seis edições do Panorama da Arte Brasileira realizado pelo Museu de Arte Moderna de São Paulo. Suas obras integram importantes coleções públicas como a do Fond National d’Art Contemporain de Paris; da Kunsthalle de Nuremberg (Alemanha); do Hakone Open Air Museum (Japão) e do Musée de La Sculpture en Plein Air de La Ville de Paris; Museu de Arte Moderna de São Paulo, Pinacoteca do Estado de São Paulo, Museu de Arte Contemporânea de São Paulo e a Coleção da Bienal de São Paulo.